Só as exceções, o que é extraordinário, o que parece absurdo aos olhos dos bem-pensantes, o que se apresenta como excessivo e visionário, merecem que alguém se detenha a considerá-lo. Somente os extremos! Os loucos, os insensatos, os filósofos e os poetas. Todo o resto é desprezível. Só me atraem as criaturas que tendem para o alto, ou as que sondam os abismos impenetráveis, os insatisfeitos, aqueles cuja vida é um incêndio a consumir a alma. Tudo que é morno, fácil e medíocre, é execrável. Desculpem a franqueza, mas conheço de perto esse desejo violento das alturas. Não consigo satisfazer-me com a existência cotidiana e vulgar. Quero encontrar o divino!
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